sábado, 14 de novembro de 2020


 

PRA QUÊ?

 

Não temais a escuridão que se avizinha

A morte não legitima o belo ocaso

Mesmo que a estrela tente, brilha sozinha,

E não vence o breu de que é formado o espaço...

E aquele sapo que de coachar definha

Deixará, na morte, o silêncio como rastro.

Mas é dali, onde nada se ouve, nada se vê,

Que as coisas ousam e insistem em nascer...

Pra quê?